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Durante congresso que discute o futuro da TV e do rádio no Brasil, empresários apostam na TV 3.0

Congresso debate os rumos da TV e do rádio Durante o segundo dia do 27º Congresso Paranaense de Rádio e Televisão, em Curitiba, os empresários da comunica...

Durante congresso que discute o futuro da TV e do rádio no Brasil, empresários apostam na TV 3.0
Durante congresso que discute o futuro da TV e do rádio no Brasil, empresários apostam na TV 3.0 (Foto: Reprodução)

Congresso debate os rumos da TV e do rádio Durante o segundo dia do 27º Congresso Paranaense de Rádio e Televisão, em Curitiba, os empresários da comunicação apostam na TV 3.0, também chamada de DTV+, como uma das principais tecnologias do futuro recente. A nova geração de TVs promete melhor qualidade de imagem, som envolvente e interatividade, mantendo a TV aberta de graça. O decreto que a oficializa foi assinado no fim de agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Leia mais detalhes a seguir. "Ela muda completamente a experiência do telespectador em ver televisão. É como se a sua televisão passasse a ser um smartphone, os canais de televisão passam a ser como se fossem grandes aplicativos. É uma interatividade plena, é uma experiência maravilhosa", afirma Marcelo Bechara, diretor de relações institucionais em mídias e regulação do Grupo Globo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp A expectativa é que a tecnologia esteja disponível no mercado a partir de 2026, em especial durante a Copa do Mundo de 2026. As transmissões devem começar no primeiro semestre do ano que vem, a partir de grandes capitais. A expansão para todo o território nacional levará cerca de 15 anos. Outros países também têm se preparado para adotá-la. Durante o congresso, a feira nacional de tecnologias apresenta novidades em equipamentos e soluções para quem trabalha com comunicação. Além disso, discussões fortalecem os profissionais do setor para que eles possam entregar, cada vez mais, qualidade sem custo algum para quem ouve rádio ou assiste à TV. "Quando teve a tragédia no Rio Grande do Sul, teve gente que ficou sem luz. Tiveram rádios que tinham gerador de energia. A pessoa ia para o carro para ouvir o rádio. Era a única fonte de informação que ela tinha. Salvou vidas. O rádio e a televisão salvam vidas. Salvam vidas na vacinação, salva vidas quando informa a cura de uma doença, quando informa uma necessidade que a população tem no trânsito, uma mudança de lado de rua na nossa cidade..." "O rádio e a televisão, mais do que informar, entreter, divertir a população, fazer parte da história do Brasil, unir a nossa língua, o rádio e a televisão também salva vidas", defende Rodrigo Martinez, presidente da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). Quais as vantagens da TV 3.0? 🖼️ Melhores imagens: o usuário poderá assistir a conteúdos da TV aberta com mais definição, brilho e contraste, em qualidade 4K e até 8K. 📺 Canais: a tecnologia permite que os canais de TV sejam semelhantes a aplicativos. "Em vez de ficar passando de canal em canal, você terá o aplicativo de cada emissora, algo mais próximo do que já vemos hoje nas Smart TVs", disse Wilson Diniz, secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações. 🔈Som imersivo: a nova tecnologia oferece uma experiência sonora envolvente, com qualidade de cinema, de acordo com especialistas. 📣 Personalização da publicidade: assim como já acontece nas redes sociais, as emissoras poderão segmentar ainda mais os anúncios, entregando opções personalizadas. "Se a pessoa quer trocar de carro, será possível exibir propagandas que falem diretamente com quem está em busca de um novo veículo," explicou Leonora Bardini, diretora de programação da TV Globo. ⚡Interatividade: o público poderá interagir com conteúdos da TV aberta, como votar em enquetes e até comprar produtos exibidos ao vivo. A TV 3.0 depende de internet? Não será necessária conexão à internet para usufruir das vantagens da TV 3.0, explicou Wilson Diniz. "A qualidade de imagem 4K, 8K e o som imersivo estarão disponíveis, mesmo que o usuário não tenha conexão", explicou o secretário das Comunicações. No entanto, conectar a TV à internet permite uma experiência mais completa, ampliando as possibilidades de interatividade e personalização, segundo especialistas. Por exemplo, será possível comprar a mesma roupa que o ator usa na novela ou o bolo que acabou de aparecer no programa de culinária. Além disso, você poderá votar para eliminar um participante de um reality show — tudo diretamente pela televisão. "Em um jogo entre Brasil e Argentina, a TV já saberá que você é torcedor do Brasil e proporcionará uma experiência completa que dialoga com a sua seleção ou time do coração," exemplificou a diretora de programação da TV Globo, Leonora Bardini. "Isso será possível porque você já informou o seu time ao acessar o ge.globo, por exemplo. Tudo estará sincronizado," completou a executiva. Preciso trocar de televisão? Segundo o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, não será necessário trocar de televisão de uma hora para outra. Em um primeiro momento, assim como ocorreu na transição do sinal de TV analógico para o digital, será necessário adquirir um conversor para usufruir da experiência da DTV+. A estimativa é que o conversor custe entre R$ 300 e R$ 350. Conversor (à esq) e antena para captação do sinal da DTV+ g1 Segundo Siqueira Filho, vai existir um "período de convivência entre as duas tecnologias": TV digital e TV 3.0, e ele poderá ser prorrogado conforme a necessidade da evolução. A migração será escalonada, a partir das grandes capitais. "Vamos ter um tempo necessário para a indústria se adaptar, os conversores se popularizarem e as trocas de televisões, devido ao tempo de uso, acontecerem naturalmente", resumiu o ministro. A expectativa é que, no futuro, os novos televisores já venham de fábrica com suporte à nova tecnologia, dispensando o conversor. As fabricantes estão envolvidas nas discussões da DTV+ desde o início, justamente para preparar o mercado. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.