Bienal Sesc de Dança terá acessibilidade com visitas táteis, Libras e audiodescrição
Inclusão em movimento oferece experiência acessível para pessoas com deficiência Reino dos Bichos e dos Animais – Crédito: Renato Mangolin A Bienal se...

Inclusão em movimento oferece experiência acessível para pessoas com deficiência Reino dos Bichos e dos Animais – Crédito: Renato Mangolin A Bienal se consolida como espaço de escuta, formação e convivência, onde a acessibilidade não é apenas um recurso técnico, mas parte da experiência artística. Um festival que escuta e acolhe. A 14ª edição da Bienal Sesc de Dança, que acontece entre os dias 25 de setembro e 5 de outubro em Campinas, reafirma seu compromisso com a política de inclusão e acessibilidade, oferecendo recursos inclusivos em parte da programação para pessoas com deficiência. Alguns espetáculos e algumas ações formativas, além de uma instalação e um ponto de encontro, contam com tradução em Libras, audiodescrição e visitas táteis, garantindo que mais públicos possam vivenciar a arte da dança em suas múltiplas expressões. Espetáculos acessíveis: dança para todos os corpos ● A Bailarina Fantasma (Plataforma - Estúdio de Produção Cultural): Libras. Brasil, SP (75 min) Dias 26 e 27/9. Sexta e sábado. 21h. CIS Guanabara - Sala 2. 16 anos. R$12 | R$20 | R$40 A Bailarina Fantasma – Crédito: Noelia Najera Inspirada na escultura “A Bailarina de 14 Anos” de Edgar Degas e nos relatos da bailarina Verônica Santos, a peça-instalação revela as violências enfrentadas por uma bailarina negra no balé clássico. Com encenação de Wagner Antônio e dramaturgia de Dione Carlos, a obra propõe uma experiência imersiva que mistura bronze, cera e carne, expondo os abismos entre imagem e história. A performance é um ritual poético de resistência contra o apagamento e o colonialismo. ● La Asimetría es Más Rica (Estela Lapponi): Audiodescrição. Brasil, SP (50 min) Dia 3 e 4/10. Sexta e sábado. 18h. CIS Guanabara – Armazém 2. 14 anos. R$12 | R$20 | R$40 SÃO PAULO_La asimetría es más rica – Crédito: Sheila Signário Na performance “La Asimetría es Más Rica”, Estela Lapponi utiliza a antropofagia modernista para destacar corpos dissidentes e com deficiência. Repetindo a frase-título como um mantra enquanto corta frutas com uma só mão, ela transforma o ato em um ritual coletivo que celebra a beleza da assimetria e convida o público a experimentar novas narrativas e sabores. ● O Balé Que Não Se Vê (Balé Folclórico da Bahia): Libras, audiodescrição e visita tátil. Brasil, BA (100 min. com intervalo de 20 min) Dia 25/9. Quinta. 19h30. Dia 26/9. Sexta. 21h. Sesc | Espaço Multiuso – Galpão 1. Livre. R$12 | R$20 | R$40 Balé Folclórico da Bahia - MoviRio 2025 – Crédito: Malani O espetáculo do Balé Folclórico da Bahia revela os bastidores e os desafios enfrentados por uma companhia profissional para se manter ativa. Combinando tradição afro-baiana e linguagem contemporânea, a montagem lança luz sobre aspectos pouco conhecidos do balé, reafirmando sua força cultural e artística. ● Detrás del Sur: Danzas para Manuel (Sankofa Danzafro): Audiodescrição, visita tátil, tradução simultânea e legendas. Colômbia (60 min) Dias 30/9 e 1º/10. Terça. 19h. Quarta. 15h. Teatro Castro Mendes. 10 anos. R$12 | R$20 | R$40 Detrás del Sur - Danzas para Manuel – Crédito: Marcela Gómez O espetáculo “Por Trás do Sul: Danças para Manuel” homenageia o escritor colombiano Manuel Zapata Olivella e seu romance “Changó, el Gran Putas”. Manuel Zapata Olivella (1920–2004) foi um escritor, médico, antropólogo e intelectual colombiano, reconhecido como uma das vozes mais influentes da literatura afro-latino-americana. A montagem recria a saga da diáspora africana nas Américas, destacando a escravização, a resistência e a força vital dos povos afrodescendentes. A obra celebra os traços culturais que permanecem vivos na luta por liberdade e identidade. ● Reino dos Bichos e dos Animais, Esse É o Meu Nome (Coletivo CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas): Libras e audiodescrição. Brasil, RN (45 min) Dias 4 e 5/10. Sábado e domingo. 17h. Sesc | Teatro. 16 anos. R$12 | R$20 | R$40 Reino dos Bichos e dos Animais – Crédito: Renato Mangolin O espetáculo do Coletivo CIDA parte da escuta e evocação da poeta negra Stella do Patrocínio (1941-1992), que viveu por décadas em um manicômio. A montagem, segunda da Trilogia em Dança-Tragédia, utiliza suas palavras para denunciar violências e apagamentos sofridos por corpos marginalizados. A obra questiona os limites entre dança e teatro, propondo uma reflexão sobre estigmas, desumanização e invisibilidade social. ● Under the Flesh (Bassam Abou Diab): Libras. Líbano (50 min) Dia 29/9. Segunda. 16h. Sesc | Espaço Arena. R$12 | R$20 | R$40 12 anos. Dia 30/9. Terça. 17h. Unicamp | Sala AD01 - DACO. 12 anos. Grátis. Retirada de ingressos às 16h, no local. Under the flesh – Crédito: Andrea Caramelli O artista libanês Bassam Abou Diab transforma sua vivência em zonas de guerra em uma performance que mistura humor, resistência e sobrevivência. Em tom de conversa, ele apresenta coreografias como “técnicas” de proteção, desafiando as máquinas de guerra com ironia e convidando o público a lidar coletivamente com o medo e o desalento. Ações formativas com acessibilidade Além dos espetáculos, cinco Conferências Dançadas, que fazem parte das ações formativas, também contam com tradução em Libras, promovendo o acesso à reflexão e ao debate sobre a dança contemporânea. Entre elas estão: ● Go Down Moses (1932) – The Negro Spirituals, de Helen Tamiris (Holly Cavrell). Dia 26/9. Sexta. 18h. Sesc | Teatro Grátis. 12 anos. Retirada de ingressos, na loja Sesc, 1h antes do início da atividade. A coreógrafa Holly Cavrell homenageia Helen Tamiris, pioneira da dança moderna nos EUA, com uma jornada imersiva que inclui contextualização histórica, aula prática e uma palestra-performance. A coreógrafa e bailarina Helen Tamiris (1902-1966) foi pioneira no uso do movimento como substância da arte da dança e foi a primeira a criar dança com músicos de jazz e os espirituais negros. O destaque é a remontagem do solo “Go Down Moses” (1932), parte da série “The Negro Spirituals”, que une dança e espiritualidade negra em uma obra pouco conhecida no Brasil. ● Legendary NYC Mother Jonovia Lanvin (Jonovia Chase). Dia 2/10. Domingo. 11h. Sesc | Espaço Expositivo – Galpão 2. Grátis. Livre. Atividade aberta, sem retirada de ingressos, mediante capacidade do local. Jonovia Chase, lenda da cena ballroom, transforma sua trajetória em uma performance viva, onde cada gesto carrega memória e resistência. Ao entrelaçar fala e demonstração, ela revela o corpo como arquivo e linguagem, convidando o público a refletir sobre identidade, história e a potência transformadora da cultura ballroom. ● Minas de Ouro – Sobre o nosso Samba e seus Sambares (Carmen Luz, Aldione Senna e Thai Rodrigues). Dia 28/9. Domingo. 11h. Sesc | Espaço Expositivo – Galpão 2. Grátis. Livre. Atividade aberta, sem retirada de ingressos, mediante capacidade do local. A conferência dançada “Minas de Ouro” reúne depoimentos das artistas Carmen Luz, Aldione Senna e Thai Rodrigues para discutir os fundamentos éticos, estéticos e corporais da performance que homenageia a mulher negra sambista. A performance busca resgatar memórias, compartilhar histórias e romper paradigmas sobre o corpo da mulher negra sambista. ● O gesto caótico do bigidi (Lēnablou). Dia 5/10. Domingo. 11h. Sesc | Espaço Expositivo – Galpão 2. Grátis. Livre. Atividade aberta, sem retirada de ingressos, mediante capacidade do local. A coreógrafa guadalupense Lēnablou apresenta a performance-músico-coreográfica gwoka, que valoriza o improviso e a expressão individual. Essa prática de Guadalupe, território ultramarino da França, propõe dançar o caos e a instabilidade como forma de resistência e celebração da vida, revelando o corpo como memória, mundo e potência criativa, em diálogo com a cultura do Caribe francês. ● O problema como linguagem (Bruno Levorin). Dia 1º/10. Quarta. 11h. Sesc | Espaço Expositivo – Galpão 2. Grátis. Livre. Atividade aberta, sem retirada de ingressos, mediante capacidade do local. O coreógrafo e dramaturgista Bruno Levorin propõe o pensamento crítico como gesto performático de uma obra através da prática de leitura e escrita, estimulando uma reflexão profunda sobre o espetáculo por meio de histórias e questionamentos. Esta conferência dançada busca ressignificar a importância da crítica de dança atualmente, onde ela perdeu espaço na mídia tradicional e na superficialidade das redes sociais. Instalação ● Instalação Cosmologias Ballroom: Audiodescrição e visita tátil. De 26/09 a 01/10. Sexta a Domingo. 10h às 18h30. Exposição: 26/9 a 5/10 (exceto dia 04/10). Ativações: 01/10. Quarta, às 10h. Fervo Ballroom – Crédito: Cintia Rizoli A instalação “Cosmologias Ballroom”, com curadoria de Diego Pereira e Flip Couto, apresenta um recorte da vibrante cultura ballroom brasileira. Por meio de performances e ações, a obra revela os códigos próprios dessa cena, marcada por corpos dissidentes, periféricos e racializados. A proposta é construir passarelas que amplificam narrativas e identidades, reconhecendo a impossibilidade de abarcar toda a magnitude da ballroom, mas buscando compor um universo possível e representativo, com artistas de diferentes houses. Ponto de encontro ● A Belíssima Casa de Odara apresenta: O GRANDE BAILE! (Ballroom): Libras. Dia 4/10. Sábado. 17h. Sesc | Espaço Expositivo – Galpão 2. Grátis. 16 anos. A Belíssima Casa de Odara apresenta O Grande Baile – Crédito: @luanbatistaph A Casa de Odara apresenta “O Grande Baile!”, uma ball temática e imersiva que celebra a diversidade de bailes simbólicos — dos debutantes aos carnavais, dos bailes reais ao funk. Cada performance é um ato político e poético que amplia os horizontes da cultura ballroom, conectando ancestralidade, beleza e identidade dissidente em uma grande encenação coletiva. Durante seis horas, beleza, ancestralidade e identidade dissidente se encontram em cada passo, look e batida. Onde posso comprar ingressos da Bienal Sesc de Dança? A 14ª edição da Bienal Sesc de Dança conta com atividades gratuitas e com valores a partir de R$ 12. Os ingressos estão disponíveis pelo site, app e nas unidades do Sesc SP. Para mais informações sobre a 14ª Bienal Sesc de Dança, acesse o site sescsp.org.br/bienaldedanca.